Hoje todas as cidades têm a ambição de ser inteligentes. O conceito de inteligência urbana tem inúmeras definições, mas pressupõe sempre que os gestores das cidades tenham à sua disposição dados (em tempo real ou próximo disso), que caraterizem o funcionamento de cada cidade. Só assim é possível ter uma cidade centrada no cidadão, inclusiva, inovadora e com uma gestão proativa e eficiente.
A obtenção destes dados é frequentemente dificultada pelos custos, impacto e tempo necessário para instalar no terreno uma rede de sensores. São comuns problemas como o custo dos sensores, ou como fazer chegar a energia e as comunicações aos sensores. Pode recorrer-se a baterias para o abastecimento de energia, mas as formas tradicionais de transmissão de dados, para além de dispendiosas, são grandes consumidoras energéticas, o que faz com que as baterias tenham uma reduzida duração. Também podem ser utilizadas redes WiFi para ligar os sensores, evitando assim o custo das comunicações com base nos operadores tradicionais, mas a implementação destas redes numa cidade é muito dispendiosa.
É para ajudar a resolver este tipo de dificuldades, que, um pouco por todo o mundo, têm vindo a implementar-se redes de comunicações LPWAN (Low-Power Wide-Area Network), baseadas no protocolo aberto e seguro LoRaWan. Estima-se que esta rede possa responder a 75% das necessidades de comunicação de dispositivos IoT. É indicada para casos de uso que necessitam de uma comunicação segura, e de grande alcance, para ligar sensores cujo abastecimento por bateria de longa duração é a melhor opção, ou, ainda, para sensores tipo “fit and forget”, que podem até ser descartáveis e de baixo custo.
Serviços municipais, empresas municipais, empresas tradicionais, start-ups, universidades e mesmo particulares podem começar a preparar os seus projetos para usufruir da rede LoRa de Lisboa, já a partir do 1º semestre de 2021.
O desafio está lançado!